Ficha de Reclamação de Catarina Selene

Nome Completo: Catarina Selene
Progenitora: Atena
Idade: 16
Por que deseja ser filho(a) de Atena? Porque é a Deusa que mais me identifico, tanto em alguns aspectos físicos quanto intelectuais e cognitivos, consequentemente me aproximando afetivamente e fisicamente da Deusa da sabedoria, além do mais adoro arquitetura em todos os âmbitos possíveis.
História: Tudo começou quando eu tinha três anos de idade, nunca fui uma criança comum, enxergava coisas aparentemente estranhas, mas normais para mim, aprendi a ler e escrever bem antes de eu imaginar tão importância de tal feito, com três anos de idade eu já sabia ler, escrever e resolver pequenos problemas matemáticos.
Morava em uma pequena vila no interior da grande capital, com meus pais e mais três irmãos. No entanto era muito mal incompreendido pelos demais, pois como pode uma criança ser tão esperta tão jovem. O que alguns me chamavam - monstro - para eles eu não era normal, mas sim uma aberração com um intelecto avançado.
Outrora aos seis anos construí um robô que falava e se movimentava aos meus comandos - o que me deixou em dúvidas se era o fato de eu construir e imaginar demais que me tornara um monstro para os demais - não sei ao certo, era tão normal. Todavia, fico me perguntando, será que eram eles que eram inflexíveis demais para aceitar que uma criança construía maquinas e tudo que estava a frente da tão pacata vila? Ou somente pelo nível de alfabetização ou letramento de cada um dos charlatões admiradores não assumidos. Bom, o tempo foi passando e a admiração e a rejeição foi aumentando, não se conformavam de eu ter construído um porão em minha casa - ou devo dizer, central de comandos, centro de vigilância em massa, ou quartel general - Bom, para mim era mais um divertimento que uma ameaça, outra duvida preponderava sobre a minha mente - será que era porque eu tinha construído mais máquinas falantes que se moviam aos meus comandos e maiores e mais fortes - pode ser, mas que infantilidade de pensar que eu destruiria a cidade, não, pelo menos no momento meus anseios não eram esses, queria mais era me divertir, criar e criar...
Logo depois das repressões, falácias, e atos de ignorância da população mediante aos meus pais, eles decidiram em um consenso comigo que era melhor eu destruir meu "quarto divertido" - é, gostava de chama-lo assim - Tive que destruí-lo - ou parte dele - para satisfazer o desejo da população desconfiada e é claro, dos meus pais.
Anos se passaram e eu continuei desenhando e imaginando como seria aquela vila, tão ignorante, tão pacata, tão reacionária, seria com um de meus protótipos de criação de uma nova vila, cidade, e porque não capital. Um sonho, mas que está sempre bem guardado comigo - guardo bem as coisas, uma qualidade, acredito eu - Mas anos se passaram e eu continuei desenhando e fazendo várias maquetes de como seria a capital, a vila, até Paris; sempre sonhei em fazer uma cidade, um monumento que todos sempre lembrassem e reconhecesse a minha arte, minha inteligencia, minha gana. Nessa perspectiva, mais uns meses se passaram e então resolvi construir uma coisa que me deixasse orgulhoso e orgulhasse à todos. Então peguei um projeto de construção de uma estátua - como sempre, eu e minhas engenhocas - mas não era uma estatua comum, era uma estatua que vi nos meus sonhos, uma mulher linda, com os olhos em um tom cinza profundo que deixava perplexo com tanta cognitividade que se passava com apenas um olhar. Então decidi trabalhar nesse projeto, mas não poderia ser uma coisa simples, não, tinha que ser memorável, tinha que ser deslumbrante e com toques mitológicos - não sabia porque, mas sempre gostei de seres mitológicos - ; então comecei a trabalhar no projeto trazendo-o do papel para o real.
Logo, surgiu a tão esperada oportunidade de demonstrar o meu valor para todos, finalmente iria ser compreendido, eu era apenas inteligente, não uma aberração com um "super-cérebro". Depois dos discursos que fiz, comentando do meu presente para a comunidade e da importância e da beleza do mesmo, eles se deslumbraram pelos tamanho da figura embaixo de um grande pano cinza. Então retirei com maior satisfação o grande retalho que cobrira a estatua; então por um momento entre risos e drinques, fez-se um minuto de silêncio, um grito surgido do nada disse: QUE ABERRAÇÃO! então todos entraram em pânico tentando destruir a estatua que fiz com tanto amor, criatividade e carinho - era a estatua da Deusa olimpiana Atena -, mas esse não foi o motivo do pânico dos mesmos, e sim o que eu já tinha feito outrora, um pequeno exercito de robores/estatuas falantes e que se moviam ao som da minha voz, porém a estatua nem se quer movia um centímetro do lugar, e nem se quer pronunciava um ruído - era apenas uma linda estatua -. Então a multidão enfurecida começou a derruba-la e quebra-la em diversos pedações, o que eu disse, - NÃO - mas eles não me ouviram, destruíram a "aberração", mas antes de qualquer palavra, de meus pais e de qualquer cidadão, uma voz feminina entoou em minha mente dizendo: saia desse lugar, ele não é para você, corra - então eu comecei a correr desesperadamente dando um ultimo olhar para minha família e dizendo: eu voltarei.
Então corri pela floresta aos tropeços, e aos prantos depois de muitos quilômetros longe dali esbarrei com uma criatura engraçada a principio, um sátiro, eu disse, então ele olhou em meus olhos e disse: MEIO-SANGUE, a principio fiquei confuso, estava com fome, com sono, então eu disse: Me tira daqui e desmaiei! Quando acordei perto de uma colina, acampamento meio-sangue o sátiro disse. Então uma vós novamente a mesma vós entoou em minha mente dizendo; bem vinda filha.