Ficha de Reclamação de Mathew Jodegishi

Nome Completo: Mathew Jodegishi
Progenitor: Apolo
Idade: 16
Por que deseja ser filho(a) de Apolo? Por eu adorar qualquer tipo de arte, seja ela de um simples desenho a lápis a uma linda e complicada pintura, também adoro instrumentos, em especial o violão (que sei tocar) e adoro a profissão de medicina que a cada dia ajuda a salvar milhões de pessoas.
História: Era um belo dia ensolarado com o céu azul e sem nuvens, resumindo um dia perfeito de praia. Mas, como de costume, eu estava preso numa escola Estadual interna no centro do Rio de Janeiro, pelo menos era dia da minha aula favorita: Educação física, onde posso correr pular e gritar sem parecer um maluco hiperativo (o que eu era). E nesse trimestre, a turma concordou em ser Basquete como modalidade, no qual eu levava uma vantagem por ser alto, rápido e também uma facilidade incrível de acertar as cestas sem a bola encostar-se ao aro da mesma.
Fui à quadra de basquete, que era descoberta e deixava o sol de temperatura 34°C as nossas costas — não sabia bem o porquê, mas tinha certeza que era isso —, o que me agradava bastante. Quando meus colegas de turma foram chegando eu só procurava por uma pessoa, meu melhor amigo Thiago, que tinha em torno de 1,56 de altura, cor parda e peludo demais para um adolescente de 16 anos, que estava logo atrás da garota mais gostosa e popular do colégio, Nathália Buechen que era loira, linda e cheia de curvas, somente duas coisas me incomodavam nela, sua palidez e um olhar sedento de sede.
Quando o professor chegou, deu as regras básicas de jogo e pediu para que duas pessoas se habilitarem para dividir os times, e como de costume, eu fui o primeiro e não demorou muito para que uma garota do grupo da Nathália se oferecesse também. A divisão foi feita bem injusta em minha opinião, mas não liguei, pois estava com o Thiago no time e longe da Nath. O jogo começou e teve um desenrolar interessante com meu amigo roubando a bola e eu fazendo as cestas. Quando estávamos no final da partida, o time adversário estava com a posse de bola e passou para a Nath, que deu um salto tão alto que parecia estar voando e deu uma enterrada que entortou o aro da cesta e quando se pôs novamente ao chão olhou para mim com um sorriso tão estranho que me deu um calafrio horrível.
O jogo acabou, e apesar da atuação da não-líder de torcida, meu time foi o vencedor. Todos de dirigiram para os vestiários, mas eu não. Pedi ao professor se eu podia ficar mais algum tempo na quadra praticando uns arremessos. Não percebi quanto tempo se passou depois do treino extra, só fui me dar conta quando todos estavam indo para a sala. Peguei minha mochila e fui rapidamente me trocar quando alguém se meteu em meu caminho.
— Aonde pensa que vai garoto? – falou uma menina com voz doce e hipnotizadora, que logo em seguida percebi que era a Nathália.
— Me trocar, por quê? Quer vir comigo? – respondi brincando
Ela me encarou com um sorriso malicioso no rosto e me empurrou vestiário adentro.
— Vai ser tão fácil te matar sem você saber de nada. - ela falou fazendo biquinho - Ai que chato, pois bem, irei lhe contar e talvez você torne isto mais interessante. Você é um semideus, metade Deus e a outra humana, agora de qual Deus nós nunca saberemos.
Fiquei tão chocado com esse papo de semideus que não percebi que ela não era mais uma garota comum, ela tinha olhos vermelhos, presas, garras e suas pernas eram bem diferentes uma da outra, pois uma era peluda e a outra de cobre. Ela parou de falar e investiu contra mim com tamanha velocidade que achei que de fato iria morrer, mas fui empurrado por um bicho parecido com um bode. Bati a cabeça contra a parede e ficou sangrando um pouco, me levantei e vi uma cena completamente doida, uma vampira de pernas estranhas lutando contra um bode, só que olhei mais de perto e vi que tal animal era meu melhor amigo, só que sem calças e sapatos, tendo um traseiro peludo e patas com cascos.
Thiago estava segurando uma clava de madeira que parecia bem dura. Ele olhou para mim e viu meu ferimento e nos seus olhos vi que ele sentia como se tudo aquilo fosse culpa dele.
— O que está acontecendo aqui? O que são vocês? – perguntei ainda meio atordoado da queda.
— Será que você vai morrer sem saber nada. Pois bem, vou-lhe contar já que seu amigo aqui não teve coragem. Ele é um sátiro, eu sou uma empousai e como eu já lhe disse, tu és um semideus, bem fort..
— Calada vampira! – Thiago gritou interrompendo-a – Math, por favor, me ajude a destruí-la que depois eu te conto o resto.
Quando ele acabou de falar a empousai voou para cima dele. Não podia a deixar machucar o meu amigo, ainda que ele tivesse mentido esse tempo todo para mim. Então, peguei o que estava mais próximo das minhas mãos, que por acaso era a minha mochila, e atirei contra ela fazendo com que caísse no chão e desse tempo para pensarmos numa maneira de acabar com ela, mas eu não tive essa sorte toda. Ela se ergueu rapidamente, só deu tempo para o Thiago dar aquela frase de motivação em quanto me jogava uma coisa:
— Pensa rápido!
Era uma capa preta guardando algo dentro, quando abri vi uma faca de bronze que reluzia uma luz encantadora.
Thiago foi primeiro ao encontro do monstro com sua clava, logo me juntei a ele sem saber o que teria de fazer com aquele objeto. Quando cheguei mais perto vi que as garras dela estavam presas na clava do Thiago, foi neste instante que percebi o empate e eu teria que ajudar a decidir o ganhador, e foi numa violenta facada na costela que fez com que a empousai explodisse num clarão de poeira dourada.
Olhei cansado ainda incrédulo para o meu amigo bode e numa voz fingida de corajoso falei:
— Você tem muito a me explicar garotão!
Ele me respondeu:
— Logo meu amigo, assim que chegarmos ao seu novo lar, o Acampamento Meio-Sangue!