Missão One-Post para Jardel - Caolhos Fujões

Caolhos Fujões!

Missão 1!

 Mais um dia feliz no acampamento, e eu novamente decido ir à arena treinar, mas dessa vez eu opto por treinar com monstros, provavelmente um ciclope, dizem que eles proporcionam um bom desafio para iniciantes. Chegando ao local percebo uma aglomeração de campistas ao redor de algumas jaulas, mas decido deixar para lá, devem estar apenas apreciando algum luta. Sigo na direção das jaulas dos ciclopes e tenho um encontro inesperado, Quíron. Normalmente eu não o vejo, pois prefiro ficar no meu chalé ou perto da floresta. A me ver, ele faz sinal para que eu me aproxime.

-Se veio treinar com monstros não vai conseguir nada por hoje.
- Sério? Logo hoje que seria meu primeiro treino!
- Sim, mas tenho uma missão para você jovem semideus.
- Tudo bem, eu aceito, só precisa me dar detalhes sobre ela.
- Eu não perguntei se você queria ir ou não, eu disse que você vai. – Sinto um pouco de autoritarismo ao ouvi-lo pronunciar essas palavras.
Depois de respirar fundo, eu respondo. – Ok, pode falar.
- Dois ciclopes fugiram essa noite, e isso está tirando a paz de todos aqui.
- Mas por que não pedir a guerreiros mais experientes para dar um fim neles?
- Porque eles foram em direção à floresta e nada melhor que um filho de Deméter para ter uma vantagem sobre eles.
- Obrigado Quíron, sempre quis estar numa missão, e ter a floresta como primeiro local é melhor ainda para mim. - Precisei me conter para não abraçá-lo, fiquei tão feliz. – Então já vou indo.
Saio da arena correndo em direção ao chalé 4. Chegando lá vou direto a minha cama, passando pela cama de alguns irmãos que não falo tanto. Saio de lá o mais rápido possível, e não me esqueço de pegar minha Foice da Natureza e meu Escudo de Madeira.
Aproximo-me da entrada da floresta e respiro fundo. Adentrando um pouco mais toco nas árvores e posso sentir que alguém passou por ali recentemente. Sigo alguns rastros que vejo no chão, quando de repente ouço o som de um objeto sendo jogado em minha direção. Consigo me esquivar a tempo e olho enquanto o galho se parte ao cair. Em seguido vejo o ciclope menor avançar em minha direção com um pedaço de tronco de árvore em forma de lança. Sinto meus sentidos de luta se apurar ao extremo, e consigo me defender do ataque da sua arma com meu escudo, que de tão resistente estraçalha a ponta da sua “lança”, com um movimento rápido da minha foice consigo cortar a sua mão. Ouço o grito horrível do monstro, e quando ele foi para trás percebo que ele é cego e depende mais da sua audição para realizar ver a direção em que deve atacar. O ciclope cego tropeça numa raiz que estava ali por conveniência e caí. Nessa hora corro o mais rápido possível e com ele ainda no chão, corto a sua cabeça. E seu corpo se torna poeira. O menor já foi, então que venha o próximo!
Levanto-me e ao me virar para continuar a minha busca, acabo dando de cara com um ciclope maior que está com uma cara de muito bravo, provavelmente por eu ter matado o seu amigo ou só por eu ter invadido a parte da floresta que ele estava. Ele pega um tronco caído que estava próximo dele e o me bate com ele, sou arremessado para uma clareira com o impacto do seu ataque. Vejo meu braço sangrando e da minha boca escorre um pouco de sangue, parece que eu deveria ter vestido uma armadura. O monstro vem em minha direção com o mesmo tronco, agora um pouco destruído. Tento me levantar, mas sinto que minha perna dói um pouco, o ciclope continua avançando em minha direção, agora mais rápido. Toda a minha vida parece passar diante dos meus olhos, e de repente tenho uma ideia um pouco louca, vejo uma raiz que parecia uma pouco resistente, faço-a se mover para ficar no caminho daquele que corria até mim. Eu avanço em sua direção com a minha foice em punho e ele corre até mim bradando a sua arma, não percebendo ele a armadilha ele tropeça e cai exatamente em cima da minha arma, que ao cravar-se no seu coração, faz com que o mesmo seja reduzido a pó.
Terminada a minha missão de extermínio aos caolhos fujões, volto mancando para o acampamento. Ao chegar na frente da enfermaria, vejo Quíron. Ele vem em minha direção e me ajuda a manter-me de pé. Conto os resultados a ele.
- Então, conseguiu realizar a missão que lhe foi dada?
- Consegui sim, foi bem fácil. Até porque eu estava em um ambiente agradável. – Digo sorrindo ao ver sua expressão séria se atenuando um pouco com a minha notícia.
- É, mas lembre de que nem sempre as missões são assim.
- É mesmo não é?
- Lembre-se de cuidar do seu ferimento no braço, apesar de não parecer tão feio.
- Sim, já estou indo. Até mais Quíron!
- Até!