PvM - June e Bekah [Sem narração]

- Mais que sono. – Murmurei para mim mesma enquanto eu me encaminhava para a Arena. Eu não tinha dormido bem na última noite, mas não sabia por que. Eu simplesmente me revirava e revirava até levantar de lá e me sentar em um canto do Chalé de Perséfone.

Meu All-star de cano alto fazia um barulho engraçado pela trilha, enquanto o meu pingente de serpente, a blusa laranja do Acampamento e o short jeans se iluminavam com o sol que fazia. Em minhas costas o Cajado Primaveril e o Tirso da Perdição estavam cruzados em um “X”, presos em suas respectivas bainhas. Assim que cheguei a meu destino, comecei a me desanimar. Ai meus deuses... Como treinar sozinha era chato.

Encaminhei-me para um lado da arquibancada e me sentei na primeira região de acentos, escorando-me na segunda região. Se minha mãe permitisse, alguém apareceria ali para treinar comigo, porque né... Eu andava preguiçosa demais ultimamente. Vasculhei minha mente, procurando algum momento em que ganhei uma benção de Hipnos. Mas não, era só de mim mesma isso.
 

ARMAS:

Meus olhos piscaram pesadamente antes de eu começar a tirar um cochilo. Era bem possível que eu realmente dormisse ali e tivesse um de meus típicos pesadelos, aí as pessoas ririam de mim e...

- Oi! Quer treinar? – Abri os olhos de repente e levei uma de minhas mãos ao Cajado Primaveril, preparada para um possível ataque. Tentei focalizar meus olhos na ameaça, mas algo estava muito estranho. Existia algum monstro com cabelo loiro? Esfreguei o rosto com a mão livre e voltei a fitar a pessoa na minha frente.

- Ahhh! – Falei aliviada, pulando a murada da arquibancada e parando na frente de Rebekah, a filha de Zeus. – Pensei que fosse um monstro... – Comentei, evitando um bocejo. – Acho que treinar seria bom. Na verdade, acho que foi para isso que vim aqui. – Completei enquanto eu arrumava o meu cabelo por cima dos ombros. Franzi as sobrancelhas enquanto eu me encaminhava para as jaulas, até que me lembrei de uma coisa essencial. – Deuses! – Exclamei enquanto eu corria de volta até a garota e lhe dava um beijo na bochecha. – Não te cumprimentei. Que falta de educação.

Agora que eu já tinha feito tudo o que era certo, saí andando para as jaulas. Tinha tantos monstros... Era até difícil, mas a muito eu já tinha pensado no que enfrentar.

- O que acha de um Lestrigão? – Gritei alto para que a outra semideusa me ouvisse, mas eu já estava destrancando aquela prisão. Recuei alguns passos até parar novamente ao lado da garota. – Posso te chamar de Bekah, não é? – Perguntei enquanto fazia com que meu pingente se transformasse em minha espada de bronze celestial. Tomara que ela não se importasse por eu saber seu nome, mas afinal, quem não iria saber o nome de uma filha de Zeus?