Treino atemporal

Depois de tomar café da manhã e de andar um pouco pelo acampamento volto para meu chalé. Troco de roupa, agora estava com uma camiseta regata preta e uma bermuda, assim ficaria mais fácil à movimentação. Pego minha espada que já estava embainhada e ponho na cintura, em seguida ponho o escudo no antebraço esquerdo e saio do chalé. Caminho em direção à arena enquanto observo os campistas que me olhavam com certo interesse, sabia que tinha corrido o boato de meu primeiro treino e que eu tinha me saído bem para um iniciante, agora os olhares curiosos estavam voltados para mim. Olhava o lago onde via algumas canoas ao longe, a brisa do vento batia em meu corpo me deixando relaxado. Chego à arena e vejo alguns outros campistas treinando tanto por terra quanto pelo céu. Fico perdido olhando tudo aquilo e pensando o quanto demoraria a chegar aquele nível. Caminho até as jaulas e olho os monstros disponíveis. Ainda estava um pouco cansado do primeiro treino mas sabia que era só questão de tempo pra mim se acostumar com a rotina do acampamento, mas nesse momento escolheria digamos algo mais fraco. Olho as dracaenae e penso “por que não?”. Retiro minha espada da bainha segurando firmemente, em seguida abro a jaula liberando a mesma que sai brandindo uma lança e falando:

 
- Terei um café da manhã descente.
 
Não sabia o motivo mais não me intimidei diante dela nem senti medo. Em posição de batalha começo a correr na direção da dracaena que pega de surpresa pela minha atitude não tem reação inicial. Acerto o cabo da espada no queixo dela que vira o rosto pelo efeito do golpe, de repente sou derrubado caindo de costas no chão bem próximo das caudas. Ela começa a praguejar em grego antigo o que eu entendi perfeitamente como um grande insulto. Erguendo a lança na tentativa de me acertar a mesmo tenta a sorte mais sua lança foi interceptada pelo meu escudo gerando faíscas no encontro dos metais. Reajo acertando a lâmina de minha espada na calda esquerda da dracaena causando um leve arranhão por onde saia um filete de sangue. Ela geme um pouco por cauda do golpe e com a outra cauda tenta me achatar sobre o chão, o que não obteve sucesso já que rolei para o lado. Uma nuvem de poeira surge com o impacto da cauda e se aproveitando disso acerto socos sobre o rosto da mesma que reage instantaneamente usando a lança que passa me ferindo de raspão no braço direito. Sinto a queimação no braço, nada de anormal mais o ferimento incomodava e eu teria que ter mais atenção. Contra ataco usando o escudo acertando em cheio o rosto da mesma que geme pelo golpe e em seguida acerto minha espada no peito dela fazendo surgir uma linha por onde sangrava deixando claro o caminha por onde a lâmina da espada passou. Ela reage tentando me espetar com a lança por várias vezes mais consigo me esquivar da arma, algumas vezes com facilidade outras com dificuldade, em mais uma das tentativas da minha inimiga não sou ágil o suficiente e a lâmina da lança passa de raspão por sobre meu ombro esquerdo fazendo surgir um pouco de sangue. Não tinha tempo para dá atenção ao ferimento tinha que vencer a luta ou ia acabar virando café da manhã o que não seria nada agradável. Dou um salto na direção dela e tentando acerta-la no pescoço com a espada mais invés disso minha arma se choca com a dela, por sorte segurava firme a minha e ela não fazia o mesmo com a lança que saiu arrastando pelo chão da arena. Agora eu estava em vantagem e faria bom uso. Na arquibancada vejo alguns campistas me observando com certo interesse esperando ver uma luta digna de um filho de Ares, não sei se eu estava conseguindo lhes proporcionar isso mais estava fazendo o possível. Ela tenta pegar a lança mais antes que conseguisse acerto minha espada sobre a mão da mesma fazendo surgir um ferimento. Acho que agora ela tinha levado para o lado pessoal já que avançou em minha direção com um salto fazendo com que eu caísse de costas novamente, dessa vez com ela em cima de mim. Minha espada tinha caído a poucos centímetros de distância, e eu não conseguia pega-la. Enquanto isso minha inimiga tentava dilacerar meu pescoço mais sem sorte já que tinha como obstáculo meu escudo. Acerto socos no rosto da mesma e consigo inverter as posições, agora eu estava por cima dando socos no rosto desprotegido da dracaena. Ela bem que tentava me ferir mais sem obter sucesso e cada vez mais ficava cansada. Acerto um soco muito forte no rosto da mesma que fica tonta, era o momento que eu esperava. Pego minha espada rapidamente e quando a giro já tinha saltado em minha direção, só tive tempo de por minha espada entre a gente e ela fez o rosto. Minha lâmina penetra na barriga da mesma que se transforma em pó rapidamente. O cheiro de enxofre estava forte e eu não queria continuar ali. Caminho para fora da arena.