PvM - Charly e Charles - Sem narrador

Treinando com Charly

Depois de passar uma semana me dedicando a ajudar os semideuses novatos a se localizarem no acampamento e a ajudar os outros a fazerem seus treinos, já estava sentindo falta de ir até a arena e derrotar alguns monstros só pra mostrar quem é que manda. Pedi autorização à Quíron para tirar uma "folga" desses trabalhos durante o fim de semana, ele concordou.

Na manhã do dia seguinte, me levantei animado para treinar, mas eu não queria treinar sozinho, gostaria de ter uma companhia. Como eu já expliquei antes, a maior parte das pessoas pensam que eu tenho um instinto que faz com que eu queira afogar todo mundo no lago, então elas não se aproximam de mim... exceto o chalé que não tem medo da morte. Vesti um shorts jeans, meus tênis brancos e coloquei a camiseta do acampamento, agora só faltavam as armas.

Embainhei minha espada, coloquei o broche na minha camiseta e o pingente no meu pescoço, em seguida, saí do meu chalé e fui até o de Thânatos, na esperança de encontrar alguém com quem treinar... 

Armas usadas:

 

Onde: Acampamento .-. ♒ Com: Charly c:  ♒ Vestindo: Roupas '-'

THANKS APOLO FROM PJO ALLIANCE

Algumas pessoas são impermeáveis, capazes de passar por qualquer coisa sem absorver absolutamente nada. Isoladas, não absorviam, não deixavam absolutamente nada para trás, senão o resto de calor produzido pelos seus corpos e uns balões cheios de gás carbônico. Para estes a vida era, ou muito fácil, ou extremamente árdua; incapazes de abstraírem qualquer coisa, se colocavam em situações cada vez piores das quais não tinham qualquer capacidade de sair; incapazes de serem atingidos, sobreviviam apesar dos problemas sem sequer enxerga-los. Entretanto ela jamais poderia ser colocada como uma dessas; por mais frios que fossem seus olhos, por mais racionais que fossem seus pensamentos, ela simplesmente não podia se manter a mesma, e a cada muda de pele era um processo que sofria: a dor do enclausuramento, seguida pela liberdade de tomar novas decisões. Sua sobrevivência não era ligada à rigidez: era intimamente conectada à mutabilidade.

Mutável, diferente do sol, que sempre se erguia, sempre se punha, estava ali com a hipótese quase impensável de sua não existência. Uma bola de gás pairando sobre eles, ou as rodas de uma carruagem; se fosse um, poderia mudar, desafiar o status quo numa explosão repentina, atômica, em sua superfície flamejante, mas as coisas raramente se modificariam muito – natural ou divina, era simplesmente poderoso demais para ter suas funções muito alteradas. O sol era impermeável por mérito, mas o sol, como todo impermeável, era tolo em sua soberania; uma hora ou outra, a lua se colocaria entre sua luz e a terra, e, nesse segundo, seria absolutamente impotente.

A garota evitava, portanto, esses eclipses de sua consciência. Permanecia atenta ao seu redor pois, pela sorte, ou pelo azar, havia nascido assim, frágil, feita para se adaptar, e não para reinar soberana. Até então, nunca tinha desejado muito mais além do que possuía, porque era adaptável por natureza e por escolha: amava aprender. Entretanto, ao seu redor as coisas mudavam muito além de seu controle, num nível que adaptar parecia não ser o suficiente, pois sobreviver já não era suficiente.

De qualquer forma, ser absoluta e, portanto, impermeável, poderia ser uma boa ideia naqueles tempos. Tiraria um gigantesco peso de suas costas, certamente: poderia proteger os seus, poderia sobreviver aquela guerra aparentemente sem fim, quem sabe. Poderia, talvez, mudar ligeiramente seu destino, ou conhece-lo de maneira suficiente a cumpri-lo da melhor forma. E pensar tanto assim parecia capaz de enlouquecer, e Charlotte não queria enlouquecer. Quem sabe apenas uma dose para deixar aquilo de lado. Quem sabe pudesse enganar o destino e enlouquecer por livre e espontânea vontade antes que sua própria mente se voltasse contra ela.

Embora estivesse divagando em pensamentos,não pôde deixar de notar uma silhueta aproximar-se de seu chalé, fazendo-a franzir o cenho. Quem seria? Levantou-se da cama,verificando que o colar com um pingente em forma de foice estava em seu pescoço, assim como o bracelete escuro seguro em um de seus pulsos. Receosa,segurou o manto escuro com uma das mãos e suspirou, rumando até a porta. Abriu a mesma, deparando-se com um rapaz de cabelos claros.

-O que deseja?

Armas:

Treinando com Charly

 A garota de cabelos negros abriu a porta de seu chalé, não era a primeira vez que eu via aquela cena. Por vezes já fui até o chalé de Thânatos, Phobos, Hades e de outros semideuses que não tinham medo de mim.

Esbocei um pequeno sorriso, os filhos da morte não costumavam ser simpáticos como os outros semideuses, mas eu era filho de Poseidon e isso era inevitável. Apresentei-me à garota.

-Olá. Sou Charles, filho de Poseidon - Suspirei - Vim chamar você ou a qualquer um de seus irmãos para um treino na arena.

Encarei a garota por alguns, segundos, esperando sua resposta.

Onde: Acampamento .-. ♒ Com: Charly c:  ♒ Vestindo: Roupas '-'

THANKS APOLO FROM PJO ALLIANCE 

Os lábios róseos se entreabriram deixando escapar um suspiro cansado. Os longos cabelos negros mantinham-se presos no alto por um rabo de cavalo. Encarou-o com um olhar vago e indecifrável. Tantas coisas passavam por sua cabeça, tantas coisas que ela queria esquecer e que, aliás, prometera esquecer. Estava tão focada em seus pensamentos que nada a sua volta importava tanto. Quem sabe aquele treino não faria um bem para si?

Charlotte assentiu com o rosto, colocando o manto sobre os ombros assim que passou pela entrada do chalé, fechando-a atrás de si. Pelo primeira vez àquele dia, um leve sorriso passou por seus lábios, sendo causados pela expectativa de fazer algo diferente naquele momento.

-Já podemos ir,se você quiser.

Treinando com Charly

A filha de Thânatos concordou em treinar comigo, fiquei feliz pelo fato dela ter assentido. Pedi que a garota me seguisse e nós dois fomos juntos para a arena do acampamento meio-sangue. Assim que chegamos lá, eu olhei para o relógio. Estava na hora do treino contra monstros, o que me deixou bastante animado, por ser meu tipo de treino favorito.

Observei as jaulas, as nossas opções eram bastante diversificadas. Eu não conseguia decidir e não sabia o que seria melhor para a garota que me acompanhava, então tomei a decisão de pedir para que ela escolhesse o monstro que nós enfrentaríamos.

-Pode escolher... hã... qual o seu nome mesmo?

Assim que ela se apresentasse, ela poderia escolher o nosso adversário.

Onde: Arena .-. ♒ Com: Charly c:  ♒ Vestindo: Roupas '-'

THANKS APOLO FROM PJO ALLIANCE 

A caminhada do chalé de Tânatos até a Arena fora curta e silenciosa. Ambos não dirigiam muitas palavras entre si e a morena parecia estar submersa em seus próprios pensamentos para prestar atenção ao que o loiro dizia, ou tentava dizer.

E então, o som das folhas fora substituído pelo som de passos ritmados em um campo de areia. Eles haviam chegado ao seu destino. Como era de se esperar, alguns campistas estavam lutando entre si, e outros, com bonecos de treinamento. Ela podia ver a curiosidade e confusão estampada nos olhos de alguns campistas para si, muito provavelmente devido ao fato da semideusa não sair muito de seu recinto.

-Charlotte, mas prefiro que me chame por Charly.-comentou, voltando seu olhar para o semideus. Fora quando notou as jaulas e seus respectivos prisioneiros. Meneou o rosto, tocando no pingente inconscientemente,enquanto observava as jaulas. Sentiu, no instante seguinte à transformação de seu pingente, o material frio da foice em contato com sua pele, e desse modo,pareceu aparentemente mais segura para pensar em qual monstro eles poderiam enfrentariam. Até que um adversário em especial chamou sua atenção: era uma mulher,com uma pele esverdeada e olhos hostis. A garota franziu o cenho ao notar que a criatura possuía escamas e cauda ao invés de pernas humanas. Desviando seu olhar da cauda, tornou a olhar para Charles e apontou discretamente para a Dracaenae, decidida sobre a sua escolha.

Treinando com Charly

A menina, que agora se apresentara como Charly, decidiu que lutaríamos conta uma dracaena. Geralmente, esse era o primeiro monstro que os semideuses enfrentavam quando estavam em seus primeiros dias no acampamento meio-sangue. Eu estava há um ano e nunca tinha treinado com uma daquelas, geralmente eu enfrento monstros como harpias, cães infernais e outros. Enfim, isso não vem ao caso agora.

Sorri assim que ela apontou para a mulher-cobra, que empunhava uma espada e um escudo que não me pareciam tão bons. Desembainhei minha espada e aproximei-me da jaula que aprisionava a dracaena, abrindo-a. O monstro sibilou e saiu bem agitado, logo ele tentou acertar meu pescoço com a espada, mas fui ágil o bastante para me abaixar.

Corri para perto de Charly e fiquei em posição de ataque, esperando que o monstro avançasse para cima de um de nós dois.

Onde: Arena .-. ♒ Com: Charly c:  ♒ Vestindo: Roupas '-'

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