PvM - Aaron e Charles - Sem narrador

 
Eu estava numa festa, as luzes de cores diferentes dançavam em frente aos meus olhos, assim embaçando um pouco minha vista, estava cercado por pessoas e sem dúvidas estava me divertindo bastante, quando do nada todas as pessoas sumiram, os luzes se apagaram e um frio descomunal invadiu o lugar. Ouvi batidas fortes, mas não consegui distinguir do que era, instintivamente segurei com mais força uma garrafa que tinha em mãos, sabia que não era uma arma de destruição em massa, mas pelo menos me dava uma sensação de segurança. A fonte das batidas parecia se aproximar cada vez mais, o frio parecia hemina dessa coisa e ela tinha uma gargalhada que não representava nem uma emoção, sim, com toda certeza era uma mulher.
 
Do nada me sentei, estava de volta ao meu chalé, sob minha cama quentinha e um pouco tonto, pois havia batido a cabeça sem querer na beliche de cima, que era ocupada pelo meu irmão gêmeo. Pulei de susto quando ouvi novamente batidas, porem logo me acalmei quando percebi que tinha alguém batendo na porta do chalé. Cocei os olhos, me encaminhei até a porta e a abri, dando de cara com Charles, um garoto loiro, filho de Poseidon e que uma vez tentara me matar. O garoto foi logo falando que estava ali para me chamar para treinar, só que foi empurrado violentamente para fora do chalé antes que pudesse responder ao garoto e a porta atrás de mim de fechou da mesma forma.
 
Depois de um showzinho do meu irmão, peguei as coisas que ele havia me entregado e virei para Charles - Vamos logo antes que ele invente de voltar e dá mais um piti.
 
Chegamos rapidamente à Arena que, como da última vez que a havia visto, estava completamente vazia. Os campistas preferiam enfrentar 10 monstros o frio que estava fazendo. Tremendo um pouco e com os braços em volta do peito, perguntei - Qual monstro vamos enfrentar?  
 

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Observei atentamente a cria de Poseidon se encaminhar até as grandes dos monstros, enquanto eu tentava a todo custo fazer meu corpo parar de tremer. Charles parou em frente a jaula de um lestrigão, porem esse não parecia sofrer influência do frio e olhava para o Charles como se estivesse vendo seu café da manhã, o que, devo admitir, me deu um pouco de medo. O garoto de Poseidon pareceu pensar a mesma coisa que eu, pois se afastou daquela jaula no mesmo segundo.
 
Consegui parar de tremer quando Charles abriu a jaulas de um Cão Infernal, desembainhei minha espada, sentindo a tão conhecida sensação de adrenalina invadir meu corpo. Como Charles era o que estava mais perto do cão, ele foi o primeiro a ser atacado, assim me dando a oportunidade de correr e pular no dorso do meio-animal, segurando com firmeza os pelos dele em uma mão e na outra a espada.
 

Armas :

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Quando o meio-animal notou minha presença, ele começou a se sacudir e mexer feito um touro mecânico que estava programado para o nível extremamente difícil. Tive que apertar bastante as pernas em seus flancos para conseguir me manter nas suas costas, porem eu sabia que não ia conseguir ficar muito tempo ali, seu pelo era escorregadio e eu não queria correr o risco de usar minha espada para depois ser pisoteado quando caísse.
 
Charles pareceu perceber que eu precisava de ajuda, pois logo estava com um tridente na mão (não me pergunte de onde ele tirou, não faço a mínima ideia) e se preparando para arremessar no cão. Encolhi-me o máximo que pude sobre as contas do monstro, enquanto fazia uma prece silenciosa a Apolo para que Charles fosse realmente bom naquilo que estava planejando. Só soube que era hora certa para agir quando o ganido de dor do monstro estourou meus tímpanos, imediatamente finquei minha espada numa das patas dianteiras do animal que nesse momento estava anormalmente quieto (provavelmente lambendo as feridas), então me joguei para o lado puxando a espada junto e cai bolando no chão, a tempo de ouvir mais uma exclamação de dor do monstro.

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Depois de bolar feito um condenado, parei a uma distância considerável do monstro,me levantei assim que me recuperei, olhei na direção do monstro, ele parecia tonto por causa do efeito do ferimento com minha espada,então do nada uma bola de neve o acerto - é isso mesmo produção? - encheio na cara. Procurei atentamente o causador daquilo e meu olhos bateram direto em Chales.Rapidamente liguei as coisas ao filho de Poseidon,afinal,a meia irmã dele estava causando aquele tormento no acampamento e ela podia controlar água,e neve era água,então por que ele não podia controlar neve também?!  

Balancei a cabeça tentando afastar minha lógica impressionante,finamente tomando conta do frio e das minhas roupas encharcadas de neve,fazendo eu voltar a tremer involuntariamente. Respirei fundo,tentando me concentrar no que precisava ser feito,tirei o arco que estava preso as minhas costas e que milagrosamente não havia quebrado - mentira,ele é feito de bronze sagrado,não quebra fácil - . Já havia meu visto meu irmão fazer aquilo um monte de vezes,mas aquela seria a minha primeira e rezando para que desse tudo certo,levei a mão direita até as costas.Ela pareceu entrar numa especie de vacu e quando se fechou,estava segurando algo solido,uma fecha.Animado,encaixei-a como pude entre o indicador e o dedo médio, usando o polegar de apoio enquanto posicionava-a na corda e puxava esta junto com a flecha.Eu nunca havia treinado arco e flecha na vida,mas não acha que poderia ser tão difícil,principalmente quando seu alvo é maior que a sala de estar de um apartamento.

Respirei fundo e  tetando controlar um pouco os tremores,soltei-a, esperando que se cravasse no objetivo. Não deu  muito certo: a flecha teve força o suficiente para chegar até lá, mas cravou-se na buzanfã do monstro,ao invés da sua cabeça.Dei de ombros e sorri desanimado para Charles,esperando que ele mantivesse aquilo em segredo.

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Passado meu momento vergonhoso, Charles decidiu finalmente ser útil, sendo assim ele puxou sua espada,foi na direção do monstro e lhe desferiu um golpe. Acompanhei tudo com um olhar um pouco entediado,naquele momento eu só queria saciar o monstro chamado Fome que rugia na minha barriga e logo em seguida me refugiar no meu chalé quentinho.Só não contava que o cão infernal ainda tivesse alguma energia para revidar o ataque de Charles, e foi com os olhos arregalados que vi o garoto de Poseidon ser erguido do chão,voar por uns três metros e cair logo em seguida como um saco de batatas no chão. Ele tinha acabado de receber uma patada do cão.

Meu primeiro instinto foi correr até o garoto e ver e ele estava bem,mas quando percebi que ele já estava se movendo,presumi que pelo menos ainda estivesse vivo :hm:Então optei por liquidar logo o monstro.

Aproximei-me temeroso enquanto este latia e mostrava seus lindos dentes cheios de cáries para mim. Minha sorte é que não precisava chegar tão perto para acerta sua cara feia com uma fecha e ele também não parecia capaz de se levantar. Repeti o processo que havia feito pouco tempo atrás,tirei uma flecha da aljava,coloquei da melhor forma possível no arco,coloquei a flecha na altura do olho, visei a cabeçona do monstro,puxei o cordão junto com a flecha e depois soltei. A fecha percorreu 3 metros sem perder altitude nem velocidade e em um segundo estava fincada na cara do cão infernal,que tinha a boca aberta por conta de um latido que foi interrompido.

- Head shot! – Comemorei baixo. As minhas costas ouvi um pequeno gemido de dor,me lembrando que Charles talvez estivesse precisando da minha ajuda. Joguei o arco por cima do ombro,corri na direção do garoto e o tirei dali, deixando o solo da Arena uma mistura de neve, sangue, suor e pó dourado.

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