PvM - Pietro e Aaron (Sem narração)

O clima começava a esfriar ainda mais, se é que isso era possíveis, o que me fez amaldiçoar as entidades climáticas, uma em especial, minha falta de senso pôr não ter colocado mais um casaco encima dos três que já estava usando e principalmente meu irmão gêmeo, que me forçara a sair do nosso chalé quentinho para acompanha-lo num treino. Caminhávamos a passos rápido até a Arena, enquanto eu girava minha adaga entre os dedos, na tentativa de aquece-los. Chegando lá, não se ouvia nada mais que o silêncio, que outrora era ocupado pelo barulho de espadas de chocando e monstros rosnando. Só mesmo um louco como Pietro para querer fazer um treino nessas circunstâncias.
Suspirei pesadamente, fazendo uma nuvenzinha de ar subir e dispersar-se com o vento depois, então olhei feio para o meu irmão que estava usando roupas idênticas as minhas – Feliz¿ Nós somos os únicos nessa bodega que tiveram coragem de sair do chalé, isso já é uma prova e tanta de coragem, agora vamos dar o fora daqui – pesei meu braço envolta do seu e tentei puxa-lo pelo caminho que havias acabado de fazer, só que, é claro, não obtive resultado.

Continuei olhando feio para meu irmão enquanto íamos em direção aos monstros que estavam excepcionalmente quietos naquele dia. Quando por fim desisti daquilo e decidi me vingar dele mais tarde, então dei uma boa olhada ao redor. Já tinha ido à arena algumas vezes, mas nunca para treinar, sempre achei isso um desperdício de tempo e energia. Afinal, pra quê arriscar seu pescoço todo dia se pode ir a uma festa e curti o que a de bom na vida? Obvio que Pietro não concordava com isso, o que me levava cada vez mais a pensar que ele era um clone meu, só que o experimento foi mal sucedido  

-A gente vai lutar contra aquele monstro ali – Balancei a cabeça e olhei atordoado paro os lados quando Pietro disse aquilo. Quando finalmente processei tudo, arregalei os olhos e dei dois passinhos para trás. O garoto desmiolado apontava para um homem que parecia ter tomado biotômico demais, estava sentado, mas ainda parecia enorme.
- Eu sabia, eu sabia. Você está querendo me matar para receber toda a herança da família – Balbuciei, achando a única explicação lógica para meu irmão querer que eu enfrente aquele monstro vitaminado.

Simplesmente ignorei o que Pietro falou sobre eu ter sido deserdado, puff, como se eu me importasse com minha mãe que não havia me criado u.u Naquele momento estava muito ocupado prestando atenção no Ciclope engaiolado. E como se fosse num piscar de olhos, meu irmão desmiolado e menos bonito já tinha ido abrir a gaiola do monstro.
 
Mexi os braços acima da cabeça, numa tentativa inútil de chamar a atenção do garoto e tentar fazê-lo parar. Logo a grade estava aberta, me fazendo estremecer da unha do pé até o ultimo fio de cabelo, porém o monstro não parecia nem um pouco afim de colocar a cara para fora da grade (se eu tivesse o rosto dele também me sentiria assim) , o que fez nascer um pouco de esperança no meu peito, mas esta foi logo destruída quando Pietro começou a atiçar o Ciclope, cutucando ele com a espada.
 
O monstro olho para eu e meu irmão um pouco atordoado, ouvi meu irmão comentar algo que para mim não fez sentido, então por fim o vitaminado saio da gaiola e correu na minha direção, decidindo com toda certeza que eu era o aperitivo mais gostoso. Corri desabalado para as portas da Arena sentindo o vento feio congelar minhas feições, mas a cada 5 passos que eu dava equivalia a 1 daquele monstro, que acabou resultando nele logo me pegando pelo tornozelo e me colocando de cabeça para baixo próximo ao seu rosto. Por pouco impedi que minha espada caísse, a desembainhei ,quase a deixando cair de novo por conta do punho que estava muito frio,e desfiz arcos ao leu tentando a acerta o rosto da criatura.
 
- PIETROOOOOOOOOOOO – gritei em desespero, esperando que aquele traste fizesse algo para me ajudar.

Armas:

Tudo aconteceu muito rápido, num estante eu estava pendurado pelo tornozelo, logo meu irmão fez um truque maneiro com a água, lançando está no olho do ciclope, então eu estava de volta ao chão, de uma maneira um pouco dolorosa mas estava e antes que eu pudesse suspirar de alívio, Pietro correu até mim, empurrando logo em seguida. Bolamos juntos, numa mistura muito louca aonde eu não conseguia distinguir nem minha própria mão e bem próximo a nós pude ouvir um barulho alto, provavelmente de uma mão grande de mais se chocando ao chão.
 
Quando paramos de bolar, já estamos numa distância considerável do monstro, minha cabeça dava voltas e mais voltas e ao invés de existir apenas 2 Bertolazzo, agora existiam mais 5. A parte atenta da caminha cabeça notou que Pietro havia se levantado e voltara e caminhar em direção ao vitaminado. Respirei fundo e com um pouco de dificuldade por causa do tempo frio, enquanto permanecia deitado tentando reajustar os pensamentos, literalmente. Quando a tontura passou, me sentei e percebi que meu irmão se aproximava, mas ainda não tinha liquidado o vitamisono.
 
Ele perguntou se eu estava bem, mas eu meramente entendi minha mão e quanto ele me ajudou a levantar, respondi sua pergunta chutando sua canela – Isso foi por ter me arrastado pra cá – falei de cara emburrada. Olhei por cima do ombro do meu irmão e percebi que o monstro parecia um pouco tonto, logo entendi o que meu irmão tinha feito com ele e sabia que não ia durar muito. Apertei com mais força o cabo da minha espada, ignorando a pequena dor nos nós dos dedos por conta de frio. Comecei a andar decidido em direção ao vitaminado, para no caminho apenas para falar com meu irmão enquanto sorria – Vem, vamos acabar logo com isso.

Pietro vinha logo atrás da mim, paramos próximos ao vitaminado doidão e meu irmão explicou rapidamente o plano “mirabolante” que havia bolado, que consistia apenas naquele famoso ditado: Dividir e conquistar. Enquanto ele ia distrair o monstro, eu atacava o mesmo pelas costas.
 
Sem dá tempo para que eu pudesse contestar ao acrescentar alguma coisa, meu irmão partiu para cima do monstro, ganhando a atenção dele em segundos. Bufei e revirei os olhos enquanto caminhava na direção oposta à do meu irmão. Chegue as costas do bicho sem saber ao certo o que fazer, a coragem súbita que havia me tomado a pouco tempo sumira. Respirei fundo “Calma Aaron, seu irmão precisa de você”, soltei o ar lentamente, comecei uma corridinha, tomei impulso e pulei. O meu objetivo era tentar alcançar as costas do monstro, mas só o que consegui foi fincar minha espada na sua cintura e sair arrastando ela até metade da sua coxa direita. Puxei a espada e cai um pouco estabanado no chão. O monstro grunhiu e pendeu um pouco para o outro lado, mas ainda continuava entretido com meu irmão. Percebi que o corto tinha sido grande, porém superficial e também precisava de impulso. Num instante entendi o que precisava fazer para acabar logo com aquele inferno.

Me levantei rapidamente, juntei as duas palmas da mão, encostei um joelho no chão e gritei – Mano, aqui – Então esperei ver seu olhar de entendimento.